quinta-feira, 6 de setembro de 2012


É BOM QUANDO A BANDALHEIRA VIRA UM MAU NEGÓCIO

Tá bem, Londrina poder ter quatro prefeitos em quatro anos, como noticia hoje a imprensa, é um marco um tanto esquisito. Belinati foi impugnado pelo TSE e ainda bem que não assumiu. José Roque Neto, então presidente da Câmara, assumiu interinamente. Aí veio Barbosa Neto e em seus breves dois anos aprontou o bastante para ser cassado. Joaquim Ribeiro está agora entre uma renúncia e um outro processo de cassação, por confessa participação no esquema barbosista. O atual presidente da câmara, Gérson Araújo, pode ter que assumir.
Os servidores devem ficar malucos a cada especulação de troca de grupos e nomes governantes. A população, evidentemente, fica indignada de ver que saúde, educação e segurança se tornam vítimas de orquestrações, licitações viciadas de serviços e pagamentos de propinas que saem, no final, dos cofres públicos.
Feitas as contas políticas, porém, não concordo com os pessimistas que comentam com frases do tipo “O que será que Londrina fez para merecer?”, “Não me falem mais de política!” ou “Isso não tem mais jeito mesmo...”. Como assim? O fato é que todos esses processos e movimentos que culminaram com as mudanças de governo foram saneadores. E foram resultado de coisas importantes que se conjugaram aqui em Londrina: um Ministério Público cumpridor de seu dever; uma imprensa plural que, somada, garantiu independência na informação, mais uma sociedade civil atuante, como no recente Movimento Popular Contra a Corrupção Por Amor a Londrina. 
Bom não é quando se espera que os políticos sejam bons. Bom é quando a sociedade e suas instituições sabem tornar a bandalheira um mau negócio.

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